
Fabíola Sperandio Teixeira
Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Especialista em Gestão e Organização em Centros Educacionais
Mestre em Educação
As músicas nos permitem interagir. Elas exercem um
enorme poder de interação e vinculação. E elas estão presentes desde muito cedo
na vida dos nossos pequenos, além de proporcionar de forma relevante o despertar
das sensações diversas, tornando-se uma das formas de linguagem muito interessantes
por facilitar a aprendizagem e estimular a memória do indivíduo.
Se prestarmos atenção em nossas sensações ao ouvir
determinadas músicas, perceberemos que elas têm o poder de nos direcionar para recordações,
imagens, cheiros, sabores. A música nos permite viajar em nossas memórias.
As músicas também facilitam o nosso aprender. Elas
nos conectam com a vida, com o nosso interior também. No aspecto socioafetivo,
sabemos que a criança, aos poucos, vai buscando e construindo a sua própria
identidade, percebendo-se diferente dos outros e, ao mesmo tempo, buscando
integrar-se com todos. Ela também vai desenvolvendo a autoestima com exercícios
através dos quais aprende a aceitar-se, com suas habilidades e competências. Percebemos
claramente que as atividades musicais em grupo melhoram o desenvolvimento da
socialização, a integração, a compreensão, a participação e estimula a
cooperação. A música trabalha as emoções e permite o aprendizado do autorrespeito
e do respeito ao próximo. Sem falar que a música oportuniza o prazer: ela permite
expressar seus sentimentos, expressar suas emoções, desenvolvendo um sentimento
de segurança e realização pessoal. Tudo isso, é claro, se lançarmos mão do
repertório saudável disponível.
Diante desse pensamento, trago aqui algumas
perguntinhas para você refletir:
*Vocês, pais, escutam música quando estão sós? E
quando estão com os filhos?
* Quais os tipos de músicas vocês têm oferecido a
seus filhos?
* Sua família tem uma música em comum?
* As festividades incluem músicas marcantes?
* O que vocês escutam juntos?
* Ao colocar os filhos para dormir, vocês têm o hábito
de cantar?
* Vocês já observaram as emoções dos filhos ao
ouvirem determinadas músicas?
* Já haviam pensado na memória que as músicas
poderão trazer?
* Vocês já cuidaram dos aprendizados adquiridos
através das letras das músicas?
Hoje, quis trazer essa reflexão. Acredito muito
que as memórias infantis influenciam a vida do adulto. Temos que cuidar sim do
que oferecemos a nossos filhos. Vejo famílias deixando oportunidades excelentes,
que favoreceriam a educação dos pequenos.
Sem falar na beleza da cultura familiar, que anda
se perdendo. Aquela lembrança de todos os primos de quando ouviam o avô
cantarolar determinada música. A lembrança de que toda vez que viajava, a
viagem começava com determinada canção. Que todo aniversário tinha que ter a
música tal após os parabéns. Que antes de dormir, após a oração, todos cantavam
uma canção....
Que tal pensarem nisso? Não precisam rejeitar as
músicas atuais, mas ter as músicas ideais para momentos especiais.
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