segunda-feira, 10 de junho de 2019

O que fazer quando meu filho estiver irritado?


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O que fazer quando meu filho estiver irritado?

Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais

Atualmente estamos vivendo um momento que acaba por provocar situações de irritação nos adultos e crianças. Sobre os adultos espera-se que saibam administrar as suas irritações, mas o que fazer quando o irritado é uma criança?
Quando uma criança se mostra irritada, determinadas atitudes dos adultos só agravarão a situação. É preciso respirar, observar e buscar compreender o que está acontecendo com estas crianças e o que desencadeou a irritação. Algumas frases ou “discursos” que os pais dizem nestes momentos podem aumentar ainda mais a irritabilidade e prolongar este estado de nervosismo, no lugar de acalmá-los ou ensiná-los.
É preciso acolher esta criança, oferecer afeto seguido de firmeza. Jamais passar a mão na cabeça, não é isso, mas mostrar que compreende que no momento ela está com dificuldade de escutar e até de se entender. E aos poucos ir atraindo-a para um verdadeiro diálogo reflexivo que gera crescimento/amadurecimento.
Exemplo de abordagens que podem acalmar, trabalhar a situação e estabelecer regras de condutas.
* “Estou percebendo que algo contrariou você. O que aconteceu, meu filho?”
* “Venha cá e me dê um abraço. Vamos conversar um pouquinho sobre o que aconteceu? Quero ajudar você. “
* “Ei, amor! Eu te amo! Quero te ajudar, sabia que eu também fico irritada e com raiva? Deixa eu te contar alguns truques que uso para me acalmar. ”
Exemplos de abordagens que só agravam o problema:
·        “Você está irritado à toa. Muito chata esta reclamação. Pare com isso! ”
·        “Todo mundo está olhando você. Que feio! ”
·        “Essa sua cara feia de bravo já me cansou. “
·        “Vai para o seu quarto até a sua raivinha passar. Não quero olhar para a sua cara”.
Exemplos de atitudes que, para acabar rápido com a situação, só deseducam e não preparam seu filho para a vida.
·        “Está irritado porque não consegue montar o brinquedo? Eu vou montar para você. ”
·        “ A tarefa está difícil? Eu vou ditando para você. ”
·        “Não está sabendo o conteúdo da prova? Vou marcar outro dia para você fazê-la. Vou ligar para a escola e falar que você está doente. ”
·        “Está assim só por isso? Eu resolvo, espera. ”

A intenção aqui é levar os pais à reflexão para que consigam fazer o mesmo com os seus filhos. Demonstrar vínculo, empatia e equilíbrio emocional, promove um resultado muito mais assertivo. Enfrentar com frases e comunicação corporal na mesma proporção com que seu filho agiu, só gerará mais estresse e desgaste.
Agora, se os episódios estão se repetindo e evoluindo, é essencial a busca de um(a) profissional. É preciso identificar: se os acessos de raiva forem constantes, pondere seriamente sobre a possibilidade de buscar ajuda para a raiz do problema; a irritação é uma consequência e a busca tem que ser pela causa.
A família pode sim ter uma convivência saudável e construtiva se ambos, pais e filhos, se comprometem em abrir-se para as possibilidades de crescer com as situações que aparecem. Lembrar-se de ação e reação sempre nos ajuda a ter mais assertividade na educação dos nossos filhos. Falas acolhedoras e positivas, porém firmes e educativas, possibilitarão um amadurecimento e um preparo para o enfrentamento das situações do cotidiano.

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