segunda-feira, 3 de junho de 2019

COMO VAI SUA AUTOESTIMA?






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Fabíola Sperandio Teixeira

Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Especialista em Gestão e Organização em Centros Educacionais.
Mestre em Educação




Recebi um convite de uma turminha de 9 anos de idade muito interessada em conversar sobre autoestima. A ideia partiu de uma observação sobre a fragilidade emocional das crianças de hoje. Elas mostraram-se muito atentas e fizeram várias perguntas sobre o tema. Essa participação foi recheada e exemplos de vida, o que mostrou acerto na escolha do assunto.
COMO VAI SUA AUTOESTIMA?
Crianças -  O que é autoestima?
Fabíola Sperandio - Autoestima é você se amar, se sentir bem consigo mesmo e se valorizar. É ter uma ideia positiva, ser seguro e confiante. É refletir sobre as críticas positivas e não deixar se abalar pelas negativas. Ter opinião emocional favorável e equilíbrio para decidir o que fará você crescer e o que pode filtrar e eliminar em relação ao que os outro pensam sobre você. É não se permitir abalar por opiniões ao ponto de se desconstruir diante delas.
Crianças -  Em que autoestima da criança é diferente da autoestima de um adulto?
Fabíola Sperandio - O adulto tem mais maturidade, aprendizado, conhecimentos e experiências. Ele vai aprendendo a lidar com cada situação do seu cotidiano. Mas também há adultos sem autoestima. A criança é pura, ainda requer experiências e maturidade, que vai adquirindo no decorrer da sua vida. Adultos e crianças precisam aprender a exercitar o amor próprio. Quando aprendo a me amar, consigo amar o próximo e enfrentar o que acontece ao meu redor.  
Crianças -  Que importância a autoestima tem?
Fabíola Sperandio - A autoestima tem a importância de fazer as pessoas se sentirem capazes, confiantes e motivadas. Permite um olhar mais real e otimista da vida. A autoestima proporciona um sentimento valoroso, um olhar para as nossas características físicas, intelectuais, emocionais e espirituais que compõem a personalidade. Esse sentimento evolui ao longo do tempo. A partir dos cinco ou dos seis anos de idade, a criança começa a ter uma noção de como é vista pelos outros. Começa a notar que existem conceitos diferentes construídos por diferentes pessoas. Só na fase adulta, entenderá que esses conceitos e visões do outro em relação a ela são construídos de acordo com a cultura e vivência/experiências de cada um.
Crianças -  É ruim ter muita autoestima?
Fabíola Sperandio - A autoestima não pode gerar atos de desrespeito, arrogância, prepotência. Tudo em excesso é ruim, pois falta limite. Quando temos muita autoestima corremos o risco de ignorar o outro. Tudo na medida é o ideal. Estamos sempre em aprendizado, então não podemos ter uma autoestima que nos envia um comando que estamos prontos e sabidões.
Crianças -  O que é autoestima elevada e baixa autoestima?
Fabíola Sperandio - A pessoa que tem uma autoestima elevada quer sempre melhorar, trabalhar bem em grupo, assumir suas responsabilidades. Ela não espera que o outro faça por ela e entende que tem o seu valor.  A pessoa com baixa autoestima é geralmente indecisa, não gosta de correr riscos, não possui iniciativas, não procura realizar seus sonhos. Só pensa e não resolve. É refém do que o outro fala.
Crianças -  Como a autoestima pode ser desenvolvida?

Fabíola Sperandio - Quando busco autoconhecimento. Conhecendo a si mesmo é possível desenvolver ferramentas de defesa emocional e de avanço pessoal. Quando eu venço uma dificuldade, envio mensagem interna de motivação. As mensagens viram referencias para evolução interna e reforço da minha autoestima.

 

Crianças -  Pessoas que confundem autoestima com pensamento positivo podem sofrer algum tipo de frustração?


Fabíola Sperandio - Pensamento positivo é gerar um movimento que tudo dará certo. Ter a certeza de que nada sairá errado e precisamos trabalhar para isso. Só pensar positivo sem proatividade pode gerar frustração. As expectativas costumam ser do mesmo tamanho que a frustração. Espero muito, penso muito, desejo muito e ao deparar com a realidade, muitas vezes, frustro.
Crianças -  Como posso ganhar ou manter a minha autoestima para que não venha a ter baixa autoestima?
Fabíola Sperandio - Mantenho a autoestima alta se desenvolvo o autoconhecimento, cuido da minha saúde e do meu corpo. Olho minhas qualidades e trabalho os meus defeitos, uso filtro sobre as coisas negativas que me falam, não permitindo que me diminuam, aprendendo o que é amor próprio.
Crianças -  Como a autoestima pode nos ajudar a superar as nossa dificuldades enquanto estudantes?
Fabíola Sperandio - O estudante precisa compreender as suas necessidades, suas habilidades e competências e investir no seu potencial e aprimorar o que sente mais dificuldade.  Compreender que é capaz de se superar e se comparar apenas consigo mesmo: avanços que tem alcançado.
Crianças -  Como a baixa autoestima se manifesta entre as crianças? Como os pais podem ajudar os filhos?
Fabíola Sperandio - Muitas vezes as crianças apresentam isolamento, tristeza, descrédito pessoal, desanimo e lamentações. Os pais podem ficar atentos ao comportamento e ajudar a identificar as qualidades e levá-los a sobressair por elas. Paralelamente, vão trabalhando aquilo que o levou a se sentir tão incapaz, mostrando que é possível superar com esforço e dedicação.
 Crianças -  Como o professor pode trabalhar a autoestima dos seus alunos?
Fabíola Sperandio - O professor tem o papel de valorizar, mostrar avanço no crescimento. Ajudar o aluno a perceber sua evolução, suas qualidades, competências e habilidades. Cada um é bom em alguma coisa. Descobrindo talentos e valorizando, o professor se aproximará do aluno e terá um campo aberto para trabalhar aquilo que a criança sente que é incapaz ou a incomoda.
Crianças -  E os amigos? Influenciam na autoestima um do outro? De que forma?
Fabíola Sperandio - O amigo influencia se você permitir. Precisamos ensinar as nossas crianças a terem defesa em relação ao que os amigos falam. Sentimentos ruins como a raiva, medo e frustração são importantes para o crescimento, entretanto hoje em dia, os adultos estão impedindo as crianças de sentirem e, através deles, crescerem e se defenderem.
Crianças -  Tia Fabíola, deixe um recado para nossas crianças.
Fabíola Sperandio - Invistam em suas qualidades. Trabalhem as suas dificuldades. Faça tudo com leveza e alegria. A maturidade vai chegando à medida que permitimos nos autoconhecermos. Busque o autoconhecimento e seja feliz com todo o conjunto que compõem: físicos, intelectuais, emocionais e espirituais.
Defina metas alcançáveis com um objetivo de ação. Cuide passo a passo dos seus desejos. Dessa forma, você aumentará muito sua autoconfiança por meio dos resultados, consequentemente isso aumenta a sua autoestima.

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