
Baleia Azul, MOMO, seja lá qual for o
nome. O que fazer para proteger os nossos filhos?
Fabíola Sperandio Teixeira
Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Agora estamos aí, frente a mais uma
ameaça. E todos focam na ameaça e se esquecem de focar nos filhos. Como
proteger? Fortalecendo. Fortaleça seu filho que nenhuma ameaça se concretiza.
Percebo a fragilidade das famílias
diante de cada noticiário relatando vítimas de jogos, assédio pelo wadzap. Se
as famílias se fragilizam, imaginem as crianças. Talvez porque as ameaças não
são conhecidas como a antiga lenda do “Homem do Saco”, ou a misteriosa e
assustadora “brincadeira do copo”. Porém,
agora, as ditas “brincadeiras” são recheadas de desafios. Não mais os desafios
da antiga “Salada Mista”, na qual, no máximo, a criança beijaria alguém que
repudiasse. Agora, os desafios são perigosos, colocam em risco a vida das
nossas crianças.
E como prepará-las? Diálogo. Muito
diálogo. Diálogo que gera seguranças. Diálogo acolhedor e instrutivo. Diálogo
que ensina regras básicas:
·
Não
aceite desconhecidos no wadzap;
·
Escolha
jogos de acordo com a sua idade;
·
Segure
a curiosidade e se mantenha nos jogos autorizados pela família;
·
Qualquer
abordagem de estranhos, chame o adulto mais próximo e compartilhe;
·
Não
se sinta desafiado por quem está do outro lado, obrigando-o a cumprir ordens;
·
Não
crie senhas para os aparelhos eletrônicos, porque os pais vão e devem
fiscalizar.
Se a família não acordar para a
importância da vigilância, assim como nossos pais faziam quando brincávamos na
rua ou com os vizinhos, continuaremos perdendo nossos jovens para os
desconhecidos.
E por que nossas crianças e
adolescentes têm sido vítimas fáceis para os tais desafios macabros? Muitas
vezes, porque estão precisando nutrir o amor próprio, estão inseguros; muitas
vezes, solitários e a atenção inicial de alguém se torna muito sedutora.
Nossos jovens estão sim muito
solitários. Estão sendo vítimas fáceis. Temos que agir rápido. Lembram aquele
ditado “adote seu filho, antes que um traficante o adote”? Então, hoje não é só
o traficante que ameaça as famílias. O ditado precisa ser ampliado: “ adote seu
filho, antes que o traficante ou os oportunistas virtuais o adote”.
Você sabe onde seu filho está agora?
Com quem ele tem falado no wadzap? O que ele joga? Com quem ele joga? Que
linguagem o seu filho usa quando está longe de você? Você conhece os atuais
amigos do seu filho? Você conhece os amigos virtuais do seu filho? De quais músicas
ele gosta? O que ele gosta de comer? O que ele come quando está longe de você?
O que seu filho lê? Ele lê? A quais programas de TV ele assiste? A quais as
séries? Ele acessa canais do Youtube ? Que tipo de material ele escolhe nesses
canais?
Então, se você não buscar conhecer
profundamente o seu filho, a chance de perdê-lo é grande. Se você estabelecer um
vínculo bacana com seu filho,nada o ameaçará. Ele contará com você para tudo.
Pense nisso!
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