segunda-feira, 3 de junho de 2019





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As férias escolares estão chegando. O que fazer com o meu pequeno?


Fabíola Sperandio Teixeira

Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Especialista em Gestão e Organização em Centros Educacionais
Mestre em Educação





As férias estão chegando e sabia que elas são necessárias? Por mais medo que dê aos pais só de pensar nesse recesso, é preciso ter um olhar positivo para esse período.
É muito saudável a convivência dos nossos filhos no ambiente escolar, mas precisamos dar-lhes oportunidade de convívio em outros ambientes também. A nossa correria impede de pensar em possibilidades de passeios e programas.
A casa da vovó, titia, madrinha e a própria casa possuem recursos fraternos essenciais para formação humana. Esse resgate proporciona a formação de vínculo familiar, de convivência e construção da identidade.
Acontece que nos acomodamos em nos desculpar com a vida em um formato do século XXI e reproduzimos um discurso de não incomodar o outro, de não atrapalhar, ou de ser impossível cuidar dos filhos no período de férias, uma vez que a grande maioria dos pais estão trabalhando e muitas vezes as férias não coincidem.
Vejo famílias matriculando os seus filhos em berçários durante esses recessos. Fazem uma transferência dos seus filhos de um local terceirizado para outro. Muitas vezes até carregados de culpa por essa atitude, mas vamos pensar um pouquinho e mudar essa ação?
Que tal encarar esse momento como oportunidade? Oportunidade de mudar a rotina, de visitar pessoas queridas, de trabalhar menos horas, de usufruir das risadas gostosas e espontâneas, de brincar e voltar ao tempo.
A situação tem o peso que damos a ela e vejo em novembro pessoas sofrendo por antecedência pensando nas férias de seus amados. Daí me pergunto: como nossas mães faziam quando o ano letivo iniciava em março e terminava em novembro? Calma! Não precisa se precipitar e responder que os tempos mudaram. Eu já me adiantei que somos engolidos por essa pensar moderno do século atual.
Claro que cada família tem uma rotina e uma tradição cultural para essa situação, mas me arriscarei em dar algumas dicas.
Comece o período alertando no trabalho que esse momento de recesso escolar chegou. Mesmo com todo apoio de ajudantes em casa ou de algum membro da família presente, é natural a criança solicitar a presença dos pais quando está mais tempo em casa. Ela associa a rotina dos meses do ano escolar e acaba por achar que a família deveria estar reunida como nos finais de semana.
Ouça a criança sobre o que ela gosta de fazer, mas quem decide é você. Ouvi-la é essencial para conhecê-la. Faça uma programação para criança mesmo sem a sua presença. Deixe uma rotina fixada. Crie rotina para não deixá-la ociosa. A ociosidade pode gerar ansiedade ou vazio interno.
Aproveite todas as brincadeiras e todos os passeios para conversar com a criança. O diálogo é fundamental para estabelecer confiança e o hábito de dividir a vidinha dela. Os pais que não exercitam esse conversar acabam por sofrer quando o filho chega à adolescência e se retrai. Se o hábito não for construído de pequeno, torna-se muito difícil estabelecê-lo depois.
Deixe a criança conhecer a sua rotina também. Ver onde você trabalha, conhecer pessoas com quem você se relaciona fora da família a fará perceber o seu mundo sem ela. Isso constrói a compreensão de que a vida não gira em torno dela, que possuímos vários papéis na sociedade: pais, profissionais, filhos, amigos. Isso é o que chamamos de proporcionar exemplos práticos. Ver, ao vivo e em cores, o que você conta no dia a dia trará frutos de aprendizagem.
Enfim, as férias estão chegando e elas deverão ser transformadas em ganho na relação entre pais e filhos. Uma parada para exercer, de maneira diferente, o nosso papel de genitores.
E vamos começar a ver as possibilidades para criar a rotina! Vamos que vamos!

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