segunda-feira, 3 de junho de 2019

Quando percebemos que nossos filhos internalizaram os valores que ensinamos?




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Quando percebemos que nossos filhos internalizaram os valores que ensinamos?


Fabiola Sperandio T. do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de família e Casais


         “Mãe, preciso de ajuda. Estou com conflito moral? ” A mãe escuta, tenta entender e responde: “Oi? ” (Tenta ganhar tempo). Uma surpresa imediata a invade e uma interrogação preenche todo o seu ser: “o que virá da boca desse menino? ”
         Refeita, fingindo naturalidade, ela pergunta ao filho: “O que te angustia, meu filho? ”
           Ele prossegue contando que precisa muito de um livro e que está na fila de espera da faculdade. Porém um colega influente ofereceu solicitar a um conhecido para burlar a fila, o que desta forma ele resolveria a questão, mas sabia que não foi ensinado a levar vantagens.
         Continuou dizendo que por outro lado o acesso gratuito ao livro faria com que não tivesse que dar mais essa despesa ao pai desempregado. Sentia um peso enorme por ser “só” estudante se tornando totalmente dependente financeiramente da família.
         A mãe coçou a cabeça e pediu o para que ele continuasse a falar. E ele, continuou.  Falou que desde a tentativa de ajuda do amigo ele não conseguia ficar em paz com a sua consciência.  E que precisa decidir isso, afinal a leitura não havia começado, ele não tinha condições emocionais de pedir mais essa ajuda aos pais e o amigo aguardava o ok para falar com o “tal influente”.
         Vendo o desejo de estudar do filho, um ótimo aluno que primava em honrar a oportunidade, a mãe tentou mediar o conflito moral instalado em sua cabeça madura e tão ética.
         Começou elogiando por ter parado para refletir em todos os pontos da questão. Mostrou-se orgulhosa quanto a não resposta imediata a uma oportunidade de privilégio, depois, começou ponto a ponto refletir com ele.
         “Filho, você se sentirá bem em esperar a sua vez para leitura? “ Ele explica que a ansiedade o deixará muito apreensivo com a data e o desejo de aprender. E que por outro lado ficava triste em ver colegas de faculdade colocando o nome na lista só por pensar que o professor poderá conferir o interesse do aluno ou para amanhã culpar a faculdade por não possuir muitos exemplares. E que ele que desejava mesmo estudar talvez não tivesse a chance em tempo hábil. Completou dizendo que sentiria muito culpado de ter a chance de ler gratuitamente, de usar o “recurso da amizade” e por outro lado fazer o pai pagar pelo livro sem ter este recurso agora.
         A mãe, então, lançou outra reflexão: “ E se você deixar o amigo tentar, isso não significará conseguir, e se caso você seja contemplado você fizer o compromisso de no seu primeiro pró-labore doar uma quantidade de livros a biblioteca para beneficiar mais alunos? Como se sente com essa ideia? “
         Ele fitou os olhos da mãe e sentiu que ali tinha uma possibilidade de aliviar a sua “dor moral”.  Inesperadamente ele 

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