Você
tem medo de quê?
Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Como pais, o que amedronta você?
Tem medo de ter
filhos mal educados? Ensine a eles o valor do “Bom dia”, “Boa Tarde”, “Boa
Noite”, “Como vai a senhora?”, “Obrigada”.
Tem medo de ter
filhos imprudentes financeiramente? Mostre-lhes o valor do dinheiro. Não os
torne impulsivos e consumistas. Dê o exemplo, sendo comedido e responsável financeiramente.
Exibicionismo financeiro torna os filhos consumistas.
Tem medo de ter
filhos que recusem conhecimento acadêmico? Valorize a escola. Mostre o que
vocês, pais, conquistaram através dos estudos. Frequente os cursinhos em que
seu filho está matriculado. Interesse-se pelo que ele faz.
Tem medo de seu filho
não o respeitar? Ensine-lhe o valor da hierarquia sendo pais. Mostre que
devem respeito a você, o respeitando e deixando a decisão final sempre com
vocês, pais. Não permitam que saia a primeira palavra deselegante destinada a
vocês. Já saiu? Retomem. Façam novos combinados. Sejam firmes em mostrar que
não aceitam mais e determinem consequências no caso da desobediência.
Tem medo de que seu
filho seja agressivo? Mostre-lhe o valor de um argumento. O poder da
palavra saudável. Não estimule que lute por razão com a força física. Alimente seu filho com reflexões e mostre que,
às vezes, “é melhor recuar e ser feliz, que ter razão” em uma discussão que não
o levará a nada.
Tem medo de que seu filho
não saiba amar e se relacionar com alguém? Ensine-lhe o que é amor e
respeito. Promova reflexões sobre a importância do amor próprio. Mostre que ele
precisa se amar para que saiba amar o outro.
Tem medo de que seu
filho adquira as doenças socioemocionais? Prepare-o para falar sobre
sentimentos. Escute suas aflições e angústias. Deixe-o esvaziar suas dores sem
criticá-lo. Depois, ofereça caminhos para que ele supere e lute.
Tem medo de que seu
filho não seja persistente em suas escolhas? Quando pedir para ser
matriculado em algo novo, promova aulas experimentais antes da opção da matrícula.
Faça-o conhecer para, depois, decidir. Depois de decidido, coloque um prazo
mínimo de aulas até permitir sair ou mudar de opção. Não compre tudo o que ele
precisa para realizar aquela aula. Vá oferecendo os equipamentos devagar. Se
ele começa uma luta, por exemplo, e você já compra tudo do melhor e do que
precisa, ele não sentirá o valor da conquista de cada item e pode não dar valor
ou não terá coragem de manifestar que fez uma escolha errada pelo gasto já
realizado, e seguirá infeliz na modalidade.
Tem medo de que seu
filho não saiba valorizar a família? Reflita sobre o exemplo que vocês
oferecem. Como vocês tratam os avós dele? Como vocês falam dos parentes? Saibam
que, amanhã, ele formará uma família e agirá como vocês.
Tem medo de que seu
filho não saiba escolher amigos? Observem as escolhas que ele faz. Por que
ele se interessa por determinada companhia? Conheçam seu filho pelas escolhas
que ele faz e nunca culpe o escolhido. Você tem que ficar atento é a seu filho
e não aos hábitos e atitudes do filho do outro. A escolha por determinada
companhia revela muito da nossa “cria”.
Você tem medo de quê?
O
medo não pode desencadear uma paralisia, precisa ser a mola precursora para
ação. Ficar queixando-se ou temendo não ajudará na educação de seu filho. Seu
exemplo fala mais que os inúmeros discursos ao longo da convivência familiar.
Pais que moram juntos ou separados precisam entender que os
filhos precisam dos dois. O casal não deu certo, mas a paternidade tem que dar
certo SIM!
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