Terapia do bom humor para crianças
Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Especialista em Gestão e Organização em Centros Educacionais.
Mestre em Educação
Nós nos derretemos com os primeiros
reflexos das crianças que esboçam sorrisos. Assim que o bebê faz movimentos
faciais, já abrimos um largo sorriso de alegria e uma onda de amor desce do fio
da cabeça aos nossos pés. Naquele momento, aprendemos que o riso é um
verdadeiro remédio, gerando um bem-estar imediato.
Por que muitas vezes nos esquecemos
disso? O que acontece conosco que deixamos de promover ondas de gargalhadas com
as nossas crianças?
Muitas vezes nos deparamos com
famílias mal-humoradas: do pai ao bebê. Todos carrancudos e com uma grande
fenda na testa, entre os olhos, características de pessoas preocupadas,
enfezadas e mau- humoradas.
Acontece que é durante a infância que
precisamos promover uma enxurrada de risos em nossas crianças, até porque elas
possuem facilidade para sorrirem e gargalharem por motivos até tolos. Crianças
felizes e risonhas adoecem menos, sabiam? Então, precisamos parar para pensar
sobre a necessidade de cultivar o bom humor em nossas vidas e na vida da nossa
família.
O humor sadio, sem ser ácido e
maldoso. O humor que não denigre o outro. O humor inteligente e generoso. O
humor que nos faz bem e bem ao outro. Não o humor que promove humilhação, que
faz rir da criança. Isso afetará a sua autoimagem e autoestima. Rir dos erros
cometidos pela criança, jamais! Deparou-se com um erro? Chame-o para conversar,
procure ouvir o que ele pensa sobre. Depois ajude-o a resolver e mostre que
para tudo tem um lado divertido, para que não se culpe em excesso ou se puna.
Da mesma forma que as regras
disciplinares, a religião, a educação familiar, a manutenção do amor e o
respeito às gerações, os princípios e valores, o bom humor se faz necessário na
relação com nossos filhos.
A quanto tempo você não programa um
passeio de diversão familiar? Qual foi a
última “guerra“ de almofadas ocorridas em sua casa? Você já acampou dentro de
casa com seus filhos (a velha barraquinha de lençóis)? Quando ocorreu a última
“contação” de histórias? Algum dia você
se vestiu engraçado para surpreender a prole?
Relacionar-se com dedicação de tempo
às diversões com os filhos tira a tensão rotineira e os deixa mais cortês. Este
exercício permite encarar a vida, enfrentando os problemas do tamanho que eles
são, sem exageros e vitimização. Permitir rir de si mesmo ensina a lidar com
erros e transformá-los em aprendizado.
O riso é contagiante. Ele aproxima as
pessoas, aumenta a imunidade, promove liberação de endorfinas e transmissores
químicos que geram bem-estar ao cérebro, dá uma sensação de leveza e
felicidade.
As crianças se entregam facilmente a
este ambiente leve de sorrisos, brincadeiras e ações bem-humoradas. E o que
acontece entre a fase do bebê e a infância que parece que deixamos de ser
“palhaços divertidos” dos nossos filhos? Acredito que a responsabilidade e as
nossas cobranças internas referentes à criação, sem que percebamos, vão gerando
obrigações, rotinas e cobranças às nossas crianças, dando uma dureza sem
necessidade. Posso ser um pai amoroso e divertido sem deixar de impor regras e
fazer cobranças das obrigações.
Muitas vezes levamos nossa postura de
profissional para o nosso lar e nos tornamos chefes em vez de gestores
familiares. Geramos tensões e estresse sendo pais que corrigem sem levar os
nossos filhos a pensar sobre as suas ações e crescerem. Muitas vezes promovemos
a obediência pela obediência.
Para termos filhos bem-humorados,
precisamos dar exemplo. Alegria e bom humor ajuda muita na educação das nossas
crianças. Se somos imitados por nossos filhos, vejamos neles o nosso reflexo.
Como estão seus filhos: alegres e sorridentes ou tensos e estressados?
Sem falar que os vínculos construídos
na relação harmoniosa são duradouros e fortalecidos a cada dia. Dá prazer estar
ao lado de pais que promovem diversão. Pais divertidos e alegres são mais
buscados pelos filhos, como companhia, que pais que julgam, apontam e são
austeros.
Vamos buscar a promoção de um lar
onde todos os membros da família consigam, através da leveza que o humor nos
traz, enxergar a vida como ela é. Ver a vida com toda a sua realidade é
encará-la, criar estratégias para crescer e lutar para o mundo melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.