Meus
filhos falam palavrão quando estão na Internet
Fabiola Sperandio Teixeira
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e casais
Nós nos assustamos com a linguagem
utilizada por nossos filhos nas conversas virtuais. Parecem que não são os mesmos.
Por que utilizam um linguajar tão chulo e vulgar?
Sabemos que nossos jovens possuem
necessidade de estar em grupo, mas não devemos aceitar que eles adquiram
hábitos ou esqueçam seus valores para se fazerem aceitos. E como agir quando
percebermos que estão fazendo “qualquer negócio” só para fazer parte de um
grupo?
A primeira coisa a fazer é refletir com
eles sobre as atitudes. Provocar uma parada para pensar nas atitudes. E, a
partir do pensar, um crescimento. Os filhos precisam respeitar os pais. O
respeito inclui ter um comportamento adequado para família independentemente se
estão na presença dos pais, independentemente do local: presencial ou virtual.
Apesar do linguajar ser muito
preocupante, a atenção precisa estar voltada para a falta de coragem em ser o
que ele acredita e aprendeu diante dos colegas. A imitação de um “modismo” sem
questionar. O reproduzir comportamentos por querer pertencer, mesmo que isso
atropele a educação recebida.
Hoje enfrentamos a postura da linguagem,
e amanhã?
Se desejamos que nossos filhos sejam
coerentes com os valores e princípios familiares, devemos acompanhar o que
fazem e corrigi-los. Não dá para encarar como uma fase natural sem pontuar. Tudo
que é fase e não é trabalhado, instala-se e permanece.
Estamos vivendo um momento no qual as
pessoas perderam a noção do que é respeito. Relacionam-se sem empatia e com o
foco nos próprios desejos. E como enfrentar isso?
DIÁLOGO.
Diálogo aberto e franco sobre tudo o que acontece.
EMPATIA. Fazê-los colocar-se no lugar do outro
permite sensibilizá-los e reelaborar conceitos.
Sei que não tem sido fácil para os pais enfrentar
tanta novidade do mundo moderno. Entristeço-me quando muitos falam que estamos
em outra época e não devemos educar como antigamente. Sim! Estamos em outra
época, porém a forma de educar evoluiu e não a ausência da educação.
Percebo atos de omissão na desculpa de que tudo
mudou. Tudo mudou e vamos cruzar os braços? Tudo mudou e vamos ver no que vai
dar? O que mudou?
Acredito que devemos retomar velhas formas de nos relacionarmos
com os filhos antes que os percamos para o tal mundo mudado.
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