Pais, não fiquem
reféns das notícias e conversação das redes sociais!
Fabíola Sperandio Teixeira
Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Especialista em Gestão e Organização em Centros Educacionais
Mestre em Educação
Acredito que a ausência dos pais na
vida dos filhos ou o excesso de proteção, os extremos, tem provocado alguns
estragos na educação dos nossos jovens. Fico impressionada como qualquer
noticiário causa uma avalanche entre os pais, um burburinho paralisante que não
gera a busca da verdade, porém um ato irresponsável de propagação e alarme
coletivo.
Meu alerta é exatamente por ver o
reflexo disso nas nossas crianças. Elas ficam curiosas, vão atrás de mais
informações e depois, amedrontadas. Onde está o filtro dos pais? Não existe
mais? Por que saem propagando tudo como verdade absoluta? Outro questionamento
é: por que os pais de hoje não falam por si só, precisam formar grupos e
adesões? Tudo agora é feito em grupo. Mas a criança não é individual? Cada um
reage de uma forma. Por que precisam da aprovação de todos com quem convivem
para só depois agir?
Precisamos pensar sobre isso. E para
piorar, pais leem o que uma determinada mãe relata sobre o seu filho, apropria-se
daquilo como se o filho dela também passasse por isso, aborda a criança sobre o
assunto, muitas vezes, despertando-o para algo que não fazia parte de seu
mundinho atual. Por quê? Para que isso?
Pais, vocês cobram tanto um trabalho
individual com os filhos de vocês na escola, no esporte, na igreja, na família,
no entanto, vocês mesmos não estão individualizando-os.
Se a filha da melhor amiga trouxe um
assunto, vocês não compreendem que esta demanda é dela, e já partem “à luta”
para “defender” o filho, de algo elo qual vocês nem sabem se ele está passando.
Um movimento “de todo mundo”, que assusta os educadores, religiosos e
profissionais do esporte.
Enquanto as famílias não entenderem que
as ameaças em relação à educação emocional dos filhos estão muito mais no como
agem, que externamente, pouco poderá ser feito por aqueles que estudam para
ajudar as crianças.
Um grande exemplo é o retorno da Boneca
MOMO; já foi mostrado que foi algo plantado para gerar pânico. Outro exemplo,
são os aplicativos que reúnem as mães da turma da sala do filho. Toda situação
narrada lá é comprada como verdade absoluta se torna um murmurinho nada construtivo.
Vamos acordar? Vamos filtrar? Vamos
individualizar? Vamos salvar nossas famílias desse mal que muitos insistem em
não enxergar! Dê um basta e tenha uma família mais saudável mental e
emocionalmente.
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