Um
alerta para a importância da relação professor e aluno nas escolas
Fabiola Sperandio Teixeira
Pedagoga-Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
A relação estabelecida com
educador é determinante, independentemente da faixa etária. Será que, como pais
e educadores, estamos atentos a isso? Já parou para pensar que aprendemos
apenas com quem autorizamos? Os professores têm sido autorizados a ensinar seus
alunos?
Cada dia mais estamos cientes da
importância do estudo acadêmico para os nossos pequenos. Acontece que ter
consciência disso precisa ser um fator motivacional para lutar pela convivência
saudável no ambiente de sala de aula. E o que temos visto nas escolas? Será que
esta autorização e respeito que tanto proporcionam uma educação efetiva têm
ocorrido?
Os estudantes, com tantos atrativos
atuais, muitas vezes estão desprezando as relações presenciais e não possuem a
menor noção da diferença que fará em suas vidas o aprendizado adquirido junto a
seus ensinantes, seus professores. Do outro lado, encontramos famílias que não possuem
maturidade para promover a relação respeitosa necessária entre a aquisição do
conhecimento e seu mediador, o professor.
Sabemos que, em um ambiente
conflituoso, não se adquire um aprendizado adequado. E como estão os ambientes
de sala de aula?
Percebemos que os ambientes de
aprendizagem estão recheados de momentos de desrespeito e desafio à autoridade
do professor. E isso ocorre em salas de aula com alunos de nível infantil até
com os de nível adulto. Estudantes que não respeitam o ambiente acadêmico e
muito menos quem está inserido nele. Uma postura reforçada pela atitude de seus
familiares. Famílias que expõem seus ensinantes em discussões em casa,
desautorizando quem deveria ter autoridade com seus filhos, nas redes sociais,
grupos de WhatsApp.
E como fazer para todos
compreenderem que, sem vínculo positivo, o maior prejudicado é quem precisa do
conhecimento?
Vamos começar por estabelecer um
vínculo de confiança. Você confia na instituição que escolheu para aquisição do
aprendizado de seu filho? O professor também precisa confiar na instituição e
na credibilidade do alunado. Após a retomada do crédito, regras claras de boa
convivência, clareza das ferramentas que proporcionarão o aprendizado e os
sistemas de avaliação também ajudarão muito.
Professores, familiares e alunos
precisam se sentir confortáveis em expor suas dúvidas. Uma relação respeitosa
permite esse movimento. A forma de questionar algo tem que ser em prol do
crescimento e não com ares de desconfiança e desaprovação. Ninguém fica bem com
apontamentos e julgamentos. É preciso parceria e harmonia.
Outro aspecto essencial é que todos
se sintam pertencentes à instituição. Os papéis de cada um são diferentes, mas
um complementa o outro. Quando cada um assume o seu papel e juntos estão em
constante avaliação e dispostos a uma ação flexível e responsável, todos
ganham.
O diálogo é o principal meio desta
relação. É através dele que tudo acontecerá a favor da relação que se
propuseram a ter. Ensinante e aprendizes estarão interligados e vinculados com
essa relação respeitosa. É necessário ter claro que não existirá outro melhor caminho
para o entendimento, quando houver uma dúvida, que uma boa conversa.
Observando o quadro atual das relações
estabelecidas entre os professores, estudantes e a aquisição do conhecimento...
O que temos visto? Onde estão os valores apresentados à figura do professor que
encontrávamos tempos atrás?
O mundo mudou. Claro! Muita coisa
mudou. As ferramentas de aprendizagem também mudaram. Precisamos atrair os
estudantes para o contexto escolar, porém a maneira respeitosa que devemos ter
nessa relação não deve mudar. O vínculo respeitoso entre aluno e professor,
professor e aluno, familiares e escola, precisa ser estabelecido para obtermos
o objetivo principal: a aprendizagem.
Como está a sua relação vincular com
a aprendizagem de seu aluno ou de seus filhos? Vamos repensar?
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