Você ensina o seu filho a ser alegre ou a ser triste?
Fabíola Sperandio Teixeira
Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Especialista em Gestão e Organização em Centros Educacionais
Mestre em Educação
Parece
estranho esse título? Acredita que isso não se ensina? Ensinamos sim padrões de
comportamentos que podem influenciar sim na forma como o filho lida com a vida
e, consequentemente, pode-se gerar mais ou menos momentos felizes.
Filhos de pais gratos, geram crianças
gratas. Gratidão gera um estado de harmonia e alegria. É o reconhecimento de
algo bom que aconteceu ou está acontecendo.
Filhos de pais reclamões, geram
crianças queixosas, insatisfeitas e até mais choronas. A reclamação proporciona
um estado de insatisfação duradouro.
Filhos de pais religiosos (independente
da religião) , demonstram mais perspectivas de assertividade porque, munidos
pela Fé, sentem-se fortalecidos e confiantes.
Filhos de pais determinados, geram
crianças mais decididas. Eles se espelham na garra.
Filhos de pais inseguros, repetem a
insegurança em tudo o que tentam fazer. Pouco ousam. Pouco realizam.
E assim vai. Como você se percebe? Como
você percebe o seu filho?
Estamos vivendo um momento em que o
olhar tem sido mais para as coisas negativas que positivas. Vamos nos alertar e
sair deste círculo vicioso. Dê uma chance para o seu filho ser mais otimista,
mais proativo, com muito mais momentos felizes que tristes.
Queixume paralisa. Se você deseja um
filho preparado para o mundo, com diferencial e alcançando o que, para ele, é
sucesso, mude o padrão de relação com tudo e com todos agora.
Por muitas vezes, encontro crianças sem
perseverança, sem credibilidade no futuro. Isso é assustador. E ao deparar com
a família, vejo esse padrão de pensamentos.
Artur, uma criança de 7 anos, uma vez
perguntou ao seu pai por que estava com a testa enrugada, aquela ruga de
preocupação. O pai deu um sorriso sem graça, apenas. Artur, não satisfeito,
aconselhou o seu pai a ser como ele. Disse rapidamente: “Pai, seja como eu. Eu
nasci para ser feliz”.
Ali, teríamos duas possibilidades. O
pai tirar as perspectivas do filho com um discurso carregado de negatividade (a
realidade dele como pai), ou mostrar ao filho que é possível aprender com ele e
mudar o padrão de pensamento e atitudes.
Ao longo dos anos, foi perceptível que
a fala do filho proporcionou reflexões. Hoje Artur tem 24 anos e continua com a
mesma alegria. Não que ele não enfrente problemas, mas a forma de ver a vida
proporcionou o sucesso pessoal e profissional. O pai, com seus 53 anos, enfrentou
vários momentos em que não conseguiu aplicar a “técnica” do filho, no entanto,
sabiamente lutou para não o contaminar, com a sua forma de não ser tão alegre
na maioria dos momentos.
O mundo está cheio de coisas que nos
contrariam. O livre arbítrio nos permite lidar com as situações sem que elas
nos influenciem negativamente. Felicidade são momentos. Conjunto de momentos ao
longo da jornada. Como você tem ensinado isso ao seu filho? Querer que ele seja
feliz, como tanto escuto diariamente dos pais, passa por um esforço da família
em ensiná-lo a ser.
Gostaria muito que as famílias
pensassem nisso. O que você tem feito pela saúde emocional do seu filho? Tem o
envolvido nas demandas adultas e queixosas, até proporcionando que ele assista as
cenas de muita reclamação e agressão quando não está satisfeito com algo ou trabalhado,
respeitando a faixa etária, dentro de uma perspectiva de enfrentamento da
realidade com altivez e confiança?
Gerar segurança aos filhos proporciona
alegria.
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