Você se apavora por ver seu filho muitas
horas na Internet? Aqui vão alguns
alertas...
Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Muitos pais
têm me procurado assustados com o número de horas que os filhos ficam em seus
aparelhos eletrônicos conectados na Internet.
Em sua maioria, os pais não possuem a menor ideia dos ambientes virtuais que os
filhos frequentam e o que fazem. Um terreno fértil para aprendizados positivos,
mas também para relações desastrosas.
Diante deste
quadro, sentem-se perdidos e não sabem se aproximar de seus filhos por muitas
vezes terem apenas discursos rasos: “Você já está há muito tempo neste
computador, desliga e vai tomar um sol.”; “Desliga isso que faz mal!”; “Não
aguento ver você só aí, filho!”. O que, de verdade, estas frases trazem de
contribuição para convencer ser filho de não ficar na Internet?
É preciso ter
argumentos sólidos, recheados de ensinamentos em prol da saúde emocional e do
aprendizado de seu filho. Alertas sobre perigos e cuidados necessários farão
parar para ouvir e até pensar sobre, porém, se não tiverem um discurso
consistente, os filhos não darão atenção e ainda acusarão os pais de exagerados.
Aqui vão
alguns alertas que poderão ser úteis para uma conversa com seu filho.
1- Busque
reportagens de pessoas que tiverem problemas por terem sido ingênuas na relação
virtual. Leiam as reportagens conversando sobre, buscando o que se pensa e promovendo
um acréscimo de maturidade a cada exemplo. Claro que reportagens condizentes
com a faixa etária da criança ou adolescente.
2- Mostre
que a Internet não é um campo seguro,
portanto você nunca poderá ter certeza de que os dados de quem está do outro
lado são verdadeiros: nome, idade, cidade, etc.
3- Ensine
que jamais ele repasse dados da vida pessoal ou da família: onde mora,
profissão dos pais, nome de empresas da família, quem reside na mesma casa,
horários que fica sozinho, telefone celular ou fixo e nunca transfira a conversa
para o aplicativo WhatsApp, (permitindo uma
maior aproximação).
4- Obedeça
às regras de segurança, entrando apenas em sites
seguros, não fazendo download sem
antes verificar se o site é confiável
e redobre os cuidados se estiver em computadores públicos ou de coleguinhas.
5- Ensine
a seu filho que em momento algum poderá dividir a sua senha. Senha é pessoal e
dos pais. Vocês, pais, precisam ter a senha das crianças. Nem o melhor amigo
pode ter a senha do celular dele, de jogos ou de computador. Entenderam?
6- Trabalhe
com ele que o mesmo respeito que devemos ter com as pessoas na vida presencial,
deve se estender ao campo virtual. Mesmo que estejam “na moda” gírias e
palavreados, ele não deve se render a isso. Além do respeito ser essencial, ele
precisa entender que tudo o que escreve e envia, fica registrado e poderá ser
replicado a qualquer momento. O comportamento deve ser um só sempre.
7- Em
hipótese alguma, ele deve marcar encontros com alguém que só “conhece” pela Internet. Mostre o risco de ter uma
péssima experiência com esta atitude.
8- Alerte
a seu filho que, no menor desconforto diante de um jogo ou uma conversa, não
pense duas vezes e desligue o aparelho para não dar sequência ao
constrangimento. Mostre que ele que manda na máquina e está seguro do lado de
cá. Se não forneceu nenhuma informação
pessoal, não tem por que temer ou ceder a ameaças. Diga para que busque vocês,
pais, ou educadores e confidencie qualquer medo.
9- Ensine
a seu filho bloquear as pessoas que não cumpram regras de segurança ou sejam
desrespeitosas. Mostre a ele que ele pode e deve fazer isso. Que não tem culpa
se alguém age de forma deselegante, mas terá problemas se não evitar tais
pessoas.
10- É
preciso ensinar que ele não deve abrir e-mails
ou janelas que aparecem enquanto joga se não os conhece ou se sente inseguro.
Isso evitará invasões e desconforto.
11- Outro
ponto importante é que hoje, a criançada tem dinheiro sempre ou pede aos
adultos para comprar online. Mostre
os riscos e recomende que espere os pais chegarem para aquisição de qualquer
produto. Tudo por medida de segurança de dados como senhas, endereço, etc.
12- Mostre
a seu filho que desabafos sobre algo que esteja passando ou aconselhamentos
devem ocorrer sempre com alguém de confiança presencialmente. Nada de
intimidades virtuais. E de modo algum deverá participar de sites de bate papo. Este é um risco que poderá sair muito caro no
campo emocional. Apresente exemplos de que muitas pessoas comungam de ideias
para se aproximar ou aproveitam a fragilidade emocional para se fazerem de
bonzinhos e obterem ganhos.
Espero que
estas dicas ajudem na relação entre pais, filhos e eletrônico (mundo moderno).
Como tudo o que escrevi parece ser bem óbvio e erramos justamente no que é óbvio,
sugiro a leitura deste com o seu filho. Assim verá que o que você sempre acerta
tem sentido, já que fez parte de uma escrita de uma profissional que se
assustou com o número de pais aflitos por esta questão.
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