Dia dos
namorados: o que esta data pode ensinar aos pequenos?
Fabíola Sperandio Teixeira
Pedagoga – Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Amanhecemos hoje com uma chuva de posts,
panfletos nas ruas, declarações pelo Dia dos Namorados. Uma data comercial que
oferece a oportunidade de refletirmos sobre o que significa.
Antes, gostaria de retomar meu artigo https://ludovica.opopular.com.br/blogs/educar-faz-parte/educar-faz-parte-1.962126/crian%C3%A7a-n%C3%A3o-namora-1.1345983 para deixar clara a minha preocupação com os
pequenos. No entanto, hoje só se fala em namoro. E o que podemos ensinar?
Primeiro, precisamos ensinar aos nossos
filhos o significado do verdadeiro amor. Que, antes de uma data comercial que
nos faz parar para refletir e nos estimula ao comércio, temos que entender o
momento e as diferenças das variadas formas de amar.
As crianças de hoje estão vivenciando a
banalidade da frase “eu te amo”. Vivem em uma atualidade na qual relações são
rápidas, e muitas vezes, desrespeitosas. Dessa forma, muitos questionamentos
surgem na cabecinha delas: “Quem ama grita?” “Por que ele diz que ama e saiu
com outra?” “Ela disse que amava, mas o deixou?...” E o que é amor? O que é
namorar?
Amor e namoro estão bem longe de
desrespeito, agressividade, deselegância. Sim! Pode parecer engraçado, mas é
deselegância mesmo. É deselegante não saber ouvir, alterar a voz, ignorar, não
fazer jus à escolha. Escolha? Isso mesmo! Namorar é escolha. E uma escolha que
deve ser madura. Precisa-se de maturidade e é exatamente por isso que criança
não namora e adultos precisam dar bons exemplos do que é amor/ enamorar.
A data de hoje precisa servir para
pararmos para refletir sobre o amor. Que amor tenho oferecido como exemplo?
Meus filhos conseguem entender o que é namoro através da minha relação com o(a)
meu(minha) companheiro(a)? Consigo conviver com o(a) meu(minha) escolhido(a) de
uma forma que exale amor?
Ouvimos de nossas crianças a reprodução
do que veem em seus lares. Muitas vezes, a confusão instalada nas relações
familiares gera conceitos que são reproduzidos. Preocupo-me muito com isso.
Preocupo-me com o excesso de conclusões baseadas em relações doentias.
Que esta data possa estender um pensar
sobre o modelo de amor que estamos divulgando. O que o Dia dos Namorados
representa para você? Já havia pensado dessa forma? Interaja comigo através do meu Instagram
@fabiola_sperandio
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