sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O que os nossos filhos estão aprendendo sobre o amor?



O que os nossos filhos estão aprendendo sobre o amor?










Fabíola Sperandio Teixeira do Couto 
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais 



   Estamos vivendo um momento onde se falam tanto em tragédias, desordem, guerras, violência, que nos contaminamos com toda essa negatividade e perdemos a pureza da vida.
  
   Esse vídeo retrata a insegurança da criança diante do afeto da colega de escola. Apaixonado, sem a segurança da correspondência, mesmo não sabendo o que a colega sente ele afirma não ser amado por ela. De repente a surpresa de que é sim correspondido! E na mesma hora ele a pega pelo braço e a afasta da situação de entrevista, mostrando-se seguro e feliz. 
   
    O que está acontecendo com as nossas crianças e jovens que não estão encontrando o equilíbrio de  suas emoções e sentimentos? Ora se mostram arrogantes e seguros, ora frágeis e despreparados.
   
    Percebo, no dia a dia, crianças e adolescentes que apresentam uma imagem de popularidade e por dentro sofrem a dor da insegurança, da fragilidade e, alguns, sentem-se um engodo diante da sociedade.
  
     Será que estamos atentos às mensagens que passamos aos nossos jovens? 
  
    Bom, no mundo dos "exs", onde as relações atuais estão tão rápidas, descartáveis e imaturas, percebo adultos se jogando aos pés de seus filhos, implorando pela única chance de possuírem um amor para vida toda. É... tiramos muito cedo a inocência dos nossos filhos, mostrando um amor que não pode se confiar, ensinando que não se pode criar vínculo romântico, porque de repente acaba...
   
     Que peso é esse que estamos descarregando em ombros tão pequenos?!
    
     Que tal resgatar a inocência roubada? COMO???
   
     Vamos amadurecer sobre os vários amores que temos. Amor de pai, amor de mãe, amor de filho, amor de avó, amor de avô, amor de amigo, amor de AMOR. Ahhh esse amor! 
    
    Se percebermos que podemos amar várias pessoas e cada uma de uma forma, vamos aprendendo a amar o amor. Amar o amor? É! Amar, simplesmente amar. Ter satisfação em amar. Ver que é possível ser amado também.
      
     Ser amado também só é possível quando aprendemos a nos amar. Esse tem que ser o primeiro amor: o amor próprio. Se não me amo, se não enxergo qualidades em mim, conseguirei ser amado por alguém? Que imagem estou "vendendo": de uma pessoa que pode ser amada ou de uma pessoa impossível de se amar? 
     
    E para ser amado, preciso ter só qualidades? Não! É preciso enxergar nossas qualidades e nossas limitações; perceber que o que não tenho de tão atraente se faz atraente por eu me aceitar como sou. 

                 
      Percebo nos atendimentos a fragilidade em que as pessoas se encontram diante de um mundo que vem sendo construído desconsiderando as relações de afeto, sobretudo as relações que vão sendo desenvolvidas a partir da doação, da entrega, da conquista, bem diferente do amor  familiar.
         
       Esse vídeo me emocionou profundamente. A vontade é de gritar "YES!!!" ao vê-la se declarar ao lado do  romântico Tan Hong Ming.
        
       É isso aí. Vamos pensando...






3 comentários:

  1. Sensacional esse "...perceber que o que não tenho de tão atraente se faz atraente por eu me aceitar como sou." Uma verdadeira lição de vida.

    Obrigada por compartilhar a leitura, o blog, o amor, o amar o amor, o amar amar...

    Beijo grande e muita saudade de você.

    ResponderExcluir
  2. Quem dera todos pudéssemos nos manter em contato tão íntimo conosco mesmos como se fôramos crianças. Sempre! Lúcia

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.